O Corno – Reflexões

O Corno é um conto que faz algum sucesso e, portanto, merece uma reflexão. Muitas vezes a gente analisa o mundo pelo que nos cerca ou pelo que somos capazes de captar e entender.

É natural que algumas coisas entrem nesse círculo fechado e são logo repelidas por parecerem “anormais”, afinal, o que nãos e compreende não existe, na nossa vaidosa opinião.

É preciso, consequentemente, sair do círculo e, pq não dizer, da zona de conforto, para perceber que o conceito do conto pode estar mais próximo do que se imagina.

Vamos com cuidado, não é para sair suspeitando de tudo e todos…

Uma boa abordagem é pensar em doses, é possível dizer que cada um tem uma dose sob medida, qualquer coisa além transforma o prazer em angústia. É até uma maneira de conhecer os próprios limites, afinal, o que cabe na imaginação nem sempre cabe no mundo real.

E é a dose que torna a situação tão ampla, se não, vejamos…

O Livro Secreto, como é sua proposta, aborda de uma maneira não tão óbvia situações que levam ao sexo, pensando no psicológico e como as decisões são tomadas, naturalmente muitas situações são variantes de traição, algumas com consensualidade.

E é tb a dose que explica o sucesso do conto, pq tanta gente lê e relê… Acredito que muita gente, ao ler, achar que não é bem assim, coisa e tal… Uma dica: visite salas de bate papo, sites de vídeos, etc…

Não é que seja uma visita sempre agradável, o submundo tem destas coisas, vc sempre esbarra em coisas bem sinistras… Ao menos serve pra trazer um pouco de realidade. É possível argumentar que não é uma amostra válida…

Verdade… Ao menos não uma que se deva considerar isoladamente.

Então, viaje pra dentro de sua mente… Talvez não pro momento atual, procure no “álbum” de recordações qtas vezes se flagrou pensando em algo assim? Considere a dose, claro… Qtas vezes seus pensamentos tornaram o sexo mais intenso sem que fosse a figura do parceiro?

Vc pode ter escapado da estatística, mas não significa que não exista. Esse é o ponto. Isto explica o sucesso do tema. A inquietude que a leitura provoca.